"Não sou adepto de teses de que vamos construir uma base em Berdyansk ou Mariupol e de que daqui a um mês teremos Marinha poderosa — são coisas que não correspondem absolutamente à realidade atual, nem às exigências de guerra, inclusive guerra no mar", anunciou o vice-ministro em entrevista ao canal ucraniano Pryamoi.
"As teses de que a Ucrânia tem capacidades de responder militarmente à Marinha da Rússia, na minha opinião, absolutamente não correspondem à realidade", acrescentou.
Desde o início deste ano vêm sendo registrados incidentes navais entre os dois países na zona do mar de Azov. Em março, a Ucrânia deteve o navio pesqueiro russo Nord, acusando o capitão de visitar ilegalmente a Crimeia "para prejudicar os interesses do Estado". Em agosto, a Guarda Costeira ucraniana deteve o navio-cisterna Mekhanik Pogodin com tripulação a bordo.
Moscou chama as ações de Kiev de "terrorismo marítimo", reforçando inspeções alfandegárias na sua parte do mar de Azov. Então, a parte ucraniana acusou a Rússia de "levar a cabo uma política dura de deter e inspecionar navios".
No início de setembro, autoridades ucranianas anunciaram planos de criar uma base naval na costa do mar de Azov e de transferir para a área duas lanchas blindadas. Além disso, o Conselho de Segurança e de Defesa Nacional da Ucrânia ordenou o reforço da presença militar no mar de Azov, equipando os destacamentos da guarda costeira ucraniana com mísseis.