O presidente da França, Emmanuel Macron, disse em 6 de novembro que a União Europeia (UE) deveria ter um "verdadeiro exército europeu" independente dos Estados Unidos para poder se defender. Além disso, ele observou que o bloco deve se defender contra a China, a Rússia e até mesmo os Estados Unidos. A chanceler alemã Angela Merkel também apoiou a ideia de criar um exército europeu.
"Consideramos igualmente forçado tentar encontrar um 'inimigo externo' e, agarrando-se a falsos paralelos históricos, para justificar a acumulação de gastos militares pela oposição a um 'agressor potencial' ilusório", disse o ministério russo.
A pasta chamou a atenção para as tentativas de "traçar mais do que duvidosas paralelas" entre a situação atual na Europa e os períodos anteriores às duas guerras mundiais, segundo as quais a ascensão do nacionalismo foi um catalisador para os conflitos.
"Nesse sentido, somos forçados a lembrar que a Primeira Guerra Mundial foi o resultado do desejo das grandes potências da época de estabelecer a hegemonia europeia e global, redistribuir as esferas de influência e de não apoiar a soberania do Estado", pontuou.
É inaceitável colocar um sinal de igualdade entre a proteção dos interesses nacionais e do nacionalismo, entre a luta pelo direito de preservar a identidade, a lealdade aos valores tradicionais e à guerra, concluiu o ministério.