"Eu quero pedir que eles preservem o lugar", disse ela à Sputnik Mundo.
A advogada, que representa as famílias queixosas neste caso em tribunal, disse que suas suspeitas se baseiam em que o governo da Argentina e a Marinha já sabiam a localização do San Juan, mas só a revelaram agora.
"Passaram um monte de testemunhas pela causa, e nos mentiram na cara dizendo que não sabiam", exclamou.
Desde o desaparecimento do submarino San Juan em 15 de novembro de 2017, "há fotos onde se vê que passaram várias vezes naquele lugar", explica a interlocutora da Sputnik.
"Eles varreram a área em várias ocasiões", observou Sonia Kreischer.
Na opinião da advogada, as autoridades não anunciaram a localização do navio, encontrado a 907 metros de profundidade no oceano Atlântico e a 500 quilômetros da costa, "porque não estava em condições".
A advogada se encontra no porto de Comodoro Rivadavia, na província de Chubut, que se tornou o centro de operações durante a pesquisa preliminar do barco quando ele desapareceu há um ano.
A empresa americana Ocean Infinity, responsável pelas buscas, detectou na última quinta-feira (15) um novo sinal a 800 metros de profundidade. O submarino foi encontrado na primeira zona de busca, que já havia sido varrida várias vezes.
O presidente, Mauricio Macri, decretará luto nacional pela descoberta do submarino ARA San Juan, anunciou o ministro da Defesa, Oscar Aguad.
O navio era um dos três submarinos com que contava a Marinha da Argentina.