Mídia: Ocidente está preocupado com possível reinstalação de bases russas em Cuba

© AP Photo / Cristobal HerreraCentro russo de inteligência radioeletrônica em Lourdes, Cuba, 17 de outubro de 2001
Centro russo de inteligência radioeletrônica em Lourdes, Cuba, 17 de outubro de 2001 - Sputnik Brasil
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A possibilidade de a Rússia poder reabrir as suas bases militares em Cuba suscitou preocupação entre os países ocidentais, informou o tabloide britânico Daily Star com referência ao centro norte-americano The Jamestown Foundation.

A edição informou que os países ocidentais estão preocupados por a Rússia poder reinstalar suas bases em Cuba em resposta às ameaças do presidente estadunidense Donald Trump de retirar os EUA do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF).

O Daily Star sublinhou que o aumento da influência militar russa na região é particularmente alarmante porque foi nela que em 1962 rebentou a Crise do Caribe, quando a União Soviética planejava enviar armas nucleares para Cuba.

O presidente de Cuba, Miguel Diaz-Canel (à esquerda) e o presidente da Rússia, Vladimir Putin (à direita), durante encontro em Moscou. - Sputnik Brasil
Rússia e Cuba expressam 'séria preocupação' sobre saída dos EUA do INF
Segundo a edição, as preocupações surgiram depois de uma visita oficial a Moscou do presidente do Conselho de Estado e de Ministros de Cuba, Miguel Díaz-Canel, onde ele se encontrou com Vladimir Putin e vários outros políticos russos. As discussões sobre a cooperação militar entre os dois países fizeram os analistas pensar que Moscou poderia reabrir seu centro de inteligência radioeletrônica em Lourdes, fechado em 2002, e instalar novas bases para vigiar as atividades dos EUA.

Miguel Díaz-Canel cumpriu a visita à Rússia entre 1 e 3 de novembro a convite de Vladimir Putin. O dirigente cubano reuniu-se com o presidente russo, bem como com o primeiro-ministro Dmitry Medvedev, o presidente da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento russo), Vyacheslav Volodin, e a presidente do Senado da Rússia, Valentina Matvienko.

Em 20 de outubro de 2018, Donald Trump prometeu retirar o país do INF, assinado em 1987 entre a URSS e os EUA e considerado hoje como um dos pilares do atual balanço de forças na esfera das armas nucleares. Mais tarde, o presidente estadunidense acrescentou que os EUA aumentarão suas capacidades nucleares até que os outros países, como a Rússia e a China, "retomem a razão".

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