A mídia japonesa informou que Ghosn, que também é presidente e executivo-chefe da parceira francesa da Nissan, Renault, e uma das figuras mais conhecidas da indústria automobilística mundial, foi preso.
A montadora japonesa disse que, com base em um relatório de denúncias, estava investigando possíveis práticas impróprias por Ghosn e pelo diretor-representante Greg Kelly por vários meses, e que estava cooperando totalmente com os investigadores.
"A investigação mostrou que, durante muitos anos, tanto Ghosn quanto Kelly relataram valores de compensação no relatório de valores mobiliários da Tokyo Stock Exchange que eram menores do que a quantia real, para reduzir a quantia divulgada da compensação de Carlos Ghosn", declarou a Nissan em um comunicado.
Nem Ghosn nem Kelly puderam ser contatados para comentar.
Nascido no Brasil, descendente de libaneses e cidadão francês, Ghosn iniciou sua carreira na Michelin na França, seguindo para a Renault. Ele se juntou à Nissan em 1999, depois que a Renault comprou uma participação controladora e se tornou CEO em 2001. Ghosn permaneceu nesse posto até o ano passado.
Em junho, os acionistas da Renault aprovaram a remuneração de Ghosn de 7,4 milhões de euros (US$ 8,45 milhões) para 2017. Além disso, ele recebeu 9,2 milhões de euros em seu último ano como executivo-chefe da Nissan.