"[A guerra comercial] está em andamento. E todos nós estamos testemunhando que esta guerra, em geral, já está dando frutos para alguns países que estão tentando impor seu rumo. Por outro lado, há prejuízos para todo o comércio mundial. Porque, afinal, como em qualquer guerra desse tipo, é claro que não haverá vencedores aqui", declarou Medvedev a repórteres.
O primeiro-ministro russo também expressou esperança de que, no futuro, mais países apoiem o princípio do livre comércio.
"Defendemos preservar o regime de comércio livre e aberto, o princípio do chamado multilateralismo ou das relações multilaterais no comércio, e tentar consolidar esses princípios, mas em bases mais modernas. Espero que em algum momento possamos para convencer outros estados da necessidade de apoiar esta posição", salientou Medvedev.
Ele também observou que esta posição teve muitos adeptos.
"Eles [apoiadores] incluem a China, países europeus e vários outros países, incluindo nossos parceiros da República Socialista do Vietnã, onde estamos agora", disse Medvedev.
A China e os Estados Unidos estão atualmente engajados em uma grande disputa comercial que resultou do fato de o presidente dos EUA, Donald Trump, ter introduzido tarifas de importação de aço e alumínio em março.
As tensões se aprofundaram no final de maio, quando Washington anunciou que US$ 50 bilhões em mercadorias chinesas estariam sujeitos a tarifas de 25%. Desde então, os dois países trocaram várias rodadas de direitos comerciais entre si.