O novo ministro da Saúde afirmou que o projeto para a atuação de médicos cubanos no Brasil foi uma "improvisação" e disse que o acordo representou uma ruptura unilateral por parte do PT e não um acordo bilateral entre Brasil e Cuba.
"Esse era um dos riscos de se fazer um convênio e terceirizando uma mão de obra tão essencial. Os critérios, à época, me parece que eram muito mais um convênio entre Cuba e o PT, e não entre Cuba e o Brasil, porque não houve uma tratativa bilateral, mas, sim, uma ruptura unilateral", disse o novo ministro.
"Era um risco que a gente já alertava no início. Nós precisamos de políticas que sejam sustentáveis. As improvisações em saúde costumam terminar mal e essa não foi diferente das outras", acrescentou Mandetta.
O governo cubano anunciou na quarta-feira (20) a decisão de sair do programa devido a "declarações ameaçadoras e depreciativas" do presidente eleito Jair Bolsonaro.
Foi publicado nesta terça-feira (20) um novo edital para ocupar as vagas dos cubanos no programa Mais Médicos. O Ministério da Justiça informou que serão ofertadas 8.517 vagas para atuação em 2.824 municípios e 34 áreas indígenas, antes ocupadas por médicos cubanos.