Especialista avalia afirmações norte-americanas sobre vantagens do tanque Abrams dos EUA

© REUTERS / Kacper PempelTanque da batalha principal M-1 Abrams
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A revista norte-americana The National Interest encontrou a "vantagem" dos veículos de combate dos EUA em comparação com os da Rússia. O especialista militar Aleksandr Zhilin comentou as conclusões do artigo em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik.

Umas das maiores vantagens dos veículos de combate dos EUA é o sistema de navegação Blue Force Tracker (BFT) que é instalado em tanques, nomeadamente no M1 Abrams, enquanto os militares russos usam outro conceito que limita suas capacidades, escreveu o portal The National Interest.

Blue Force Tracker é um sistema de controle operacional que em tempo real fornece aos comandantes táticos e soldados informação a níveis desde uma brigada até veículos de combate, e ligação entre eles, e garante um conhecimento da situação aos destacamentos militares.

Entre as vantagens do sistema norte-americano, segundo a revista, estão a possibilidade de os comandantes poderem reagir a mudanças de situação no campo de batalha e o aumento da velocidade das manobras, já que a orientação das tropas relativamente umas às outras leva menos tempo.

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Entretanto, na maioria dos tanques russos na qualidade de estação de rádio é usado o sistema R-168, que garante uma comunicação de voz e transmissão de dados entre todos os tanques à distância de até 30 km, indica o portal.

Outro componente-chave nos tanques russos é o sistema de navegação Azimut, que consiste em um receptor GLONASS, uma bússola eletrônica e outros sensores, ligado ao R-168, ressaltou The National Interest.

O autor do artigo supõe que essa ligação limita as capacidades dos militares russos de controlar a localização de seus destacamentos no campo de batalha, o que, por outro lado, satisfaz as necessidades da "filosofia de gerenciamento" de tropas russa.

Segundo o artigo, praticamente todos os M1 Abrams têm o sistema BFT com capacidade de ver a localização de tropas aliadas no mapa, o que facilita a coordenação e navegação em comparação com os tanques russos, que se devem mover "com ajuda de comandos via rádio ou do mapa".

"Os EUA aparentemente mantêm uma supremacia significativa nesta esfera", concluiu The National Interest.

O chefe do Centro de Estudos de Problemas Sociais Aplicados de Segurança Nacional, Aleksandr Zhilin, expressou a sua opinião ao serviço russo da Rádio Sputnik, supondo as possíveis razões para tais declarações por parte dos EUA.

"No que se toca às últimas afirmações da América, elas são diferentes. Quando se trata de aumentar o orçamento, eles gritam: tudo está perdido, acudam, a Rússia está nos superando! Quando, apesar de tudo, é necessário falar sobre algo de bom para os contribuintes, com certeza, inventam tais histórias como a de que esse tanque [Abrams] é o melhor no mundo", afirmou o analista militar.

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Segundo o especialista, eles esperam que a maioria de norte-americanos e habitantes dos países da OTAN não conheça a história da construção de tanques, do desenvolvimento da metalurgia e dos aparelhos de pontaria.

"Não há iguais a nós. Ponto. O resto é ‘obra do diabo'. Por isso fazer declarações desse gênero é uma vergonha. É uma mera prova de atraso", concluiu Aleksandr Zhilin.

Anteriormente, tripulantes de um tanque M1 Abrams consideraram, em entrevista ao site Business Insider, a plataforma do tanque russo T-14 Armata como geralmente eficaz, sublinhando a segurança da tripulação do veículo de combate.

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