O porta-aviões chegou com outros três navios de guerra, incluindo o USS Benfold, USS Curtis Wilbur e o USS Chancellorsville. Vale ressaltar, que os chineses haviam negado anteriormente a escala do navio anfíbio americano USS Wasp.
Recentemente, os grupos de ataque dos porta-aviões Ronald Reagan e John Stennis realizaram exercícios militares, incluindo operações aéreas e de superfície. Os exercícios ocorreram no mar das Filipinas com participação de aproximadamente 150 aviões embarcados, demonstrando a presença americana nas proximidades do mar da China.
Além das manobras, nesta segunda-feira (19) foram avistados dois bombardeiros B-52 americanos sobrevoando a zona em torno das ilhas disputadas, o que daria motivos mais do que suficientes para a China não permitir o acesso do porta-aviões americano ao porto de Hong Kong, reforçando a ideia de que a China estaria interessada em melhorar suas relações até à reunião do G20.
O especialista do Centro de Segurança Regional da Academia de Ciências Sociais da China, Yang Danzhi, afirmou à Sputnik China que a solicitação de entrada por parte dos navios geralmente ocorre devido à necessidade de efetuar reparos técnicos, reposição de suprimentos, bem como para descanso dos tripulantes.
Yang Danzhi acredita que a relação entre os dois países inclui evidentes contradições em questões importantes e que a China não está poupando esforços para melhorar as relações bilaterais. Além disso, ele diz que a autorização para o porta-avião fazer escala em Hong Kong demonstra claramente a intenção chinesa. Entretanto, isso também dependerá dos esforços dos americanos, refere, enfatizando que a China não deve alterar suas posições de princípio diante da pressão dos adversários.
Enquanto a China está buscando melhorar a relação entre os dois países, o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, segue insinuando a falta de disposição do país asiático para melhorar as relações bilaterais. Ele lembrou que os dois países estão travando uma guerra comercial.
Diante desse cenário, o cientista político e vice-diretor do Instituto Nacional de Desenvolvimento da Ideologia Moderna, Igor Shatrov, declarou que "a China não tem nada a temer. Talvez esteja pronta mesmo para demonstrar suas capacidades aos rivais. Sem excluir a possibilidade do grupo de navios americanos no porto de Hong Kong se deparar com navios de guerra chineses. O que seria uma bela demonstração do potencial da Marinha chinesa […]".
Dessa maneira, a China tem oportunidade de demonstrar suas decisões e as capacidades da Marinha para defender seus interesses.