Em seu artigo para o portal American Conservative, Derensis sublinhou que o déficit orçamentário do governo federal dos EUA já superou 800 bilhões de dólares (R$ 3 trilhões), enquanto a dívida nacional se aproxima de 22 trilhões de dólares (R$ 83 trilhões), que é a maior dívida pública de toda a história da humanidade.
Mesmo levando em conta que no mundo há muitos países com um volume de dívida em relação ao seu PIB maior que o dos EUA (por exemplo, o Japão, cujo endividamento atinge quase 240% de seu PIB), a crise nos EUA é inevitável, considera o autor do artigo.
Quando o mundo deixar de confiar na capacidade dos EUA de pagar suas dívidas ou quando as taxas de juro se tornarem demasiado altas, os EUA seriam forçados a cortar seu orçamento e, como resultado, o "império" estadunidense vai colapsar, afirmou o analista.
Segundo os neoconservadores norte-americanos, sem os EUA o poder sobre o mundo seria assumido por forças sinistras. No entanto, para o analista, nada melhor atará as mãos dos militares do que a crise da dívida.
"Se isso [a crise da dívida norte-americana] acontecer, será provocada, em parte, pelos neoconservadores que pregam uma guerra que vai custar trilhões de dólares para refazer a humanidade à nossa [dos EUA] imagem. A arrogância leva à queda", disse o analista.
Para o autor, as guerras não declaradas dos EUA são ilegais, antinaturais e desestabilizadoras não apenas para os países estrangeiros, mas também para o sistema financeiro dos EUA.
"Aconteça o que acontecer, as tropas norte-americanas vão voltar para casa. Seria melhor que essa fosse uma decisão nossa e não dos cobradores da dívida", concluiu Derensis.