Eis as alegadas vantagens que F-35 americano pode ter perante J-20 chinês

© REUTERS / StringerCaça chinês J-20 realiza manobras com compartimento de armas aberto durante o Airshow China 2018
Caça chinês J-20 realiza manobras com compartimento de armas aberto durante o Airshow China 2018 - Sputnik Brasil
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Como seria uma hipotética batalha entre o novíssimo caça chinês J-20 e o caríssimo e muitas vezes criticado F-35 estadunidense? Parece que os militares estadunidenses não duvidam da supremacia dos seus aviões.

Nos finais do agosto, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea dos EUA, general David Goldfein, disse aos repórteres que o desenvolvimento dos caças de 5ª geração deixou de ser uma questão de plataforma, mas da criação de uma "família de sistemas".

"Tem a ver com uma rede, e é isso que nos dá uma vantagem assimétrica, por isso quando ouço falar sobre um F-35 contra um J-20, isso é uma questão quase irrelevante", assegurou.

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O colunista da edição The National Interest, Dave Majumdar, observa em seu artigo que recentemente os EUA têm feito um enfoque especial no desenvolvimento de uma rede de sistemas e de troca de informações entre eles, ao invés de plataformas individuais.

O general estadunidense também opinou que a comparação entre estes dois caças remete à época do uso ativo de outro caça furtivo da Lockheed Martin, o Lockheed F-117 Nighthawk, que estava quase completamente cortado do contato externo e não tinha uma "família de sistemas".

Entretanto, escreve Majumdar, usando o F-117 como comparação o general provavelmente "não queria sugerir que os sistemas dos J-20 fossem tão básicos como eram os do F-117 da década de 80".

"Enquanto há poucas informações precisas sobre o J-20, existem indicações de que o caça chinês esteja equipado com um radar de matriz ativa faseada, um equipamento de guerra eletrônica robusto e um sensor eletro-óptico ou infravermelho, semelhante ao conceituado nos sistemas do F-35. Contudo, se é possível que o avião chinês tenha sensores decentes, representantes da Força Aérea [dos EUA] sugeriram que o J-20 carece da 'integração de sensores' e de funcionamento em rede para que seja tão eficiente como o F-22 ou o F-35", observa o colunista.

Uma área em que, segundo Majumdar, a China "quase certamente fica atrás" é algo chamado de "manejo de pontas". Trata-se de telas instaladas no cockpits dos F-22 e F-35 que indicam ao piloto os vários ângulos e distâncias a partir dos quais sua aeronave pode ser detectada e seguida pelos diferentes radares inimigos. Os pilotos usam essas informações para evitar o inimigo e contornar as zonas indicadas.

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"É uma tecnologia que levou aos EUA décadas para dominar, através de muitos testes e erros", escreve.

Entretanto, tirar conclusões sobre uma hipotética batalha em que o F-35 venceria o J-20 seria precipitado. Primeiro, os construtores chineses, como de costume, desvendam muito pouco sobre as particularidades técnicas das suas armas. Segundo, os problemas com o caça F-35 permanecem e se alastram desde o financiamento do programa até às falhas técnicas que recentemente têm se multiplicado, até tal ponto que no início do mês passado os EUA e o Reino Unido suspenderam os voos deste caça, depois de numerosos relatos de queixas e um acidente envolvendo esta aeronave.

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