Falando a repórteres em Washington depois de se encontrar com seu colega americano Mike Pompeo, Mevlut Cavusoglu afirmou que a Turquia divulgou todas as informações disponíveis sobre o assassinato de Khashoggi.
Ele acrescentou que a verdade deve ser dada a respeito de quem ordenou a morte do jornalista e que Ancara poderia buscar uma investigação formal da ONU se a cooperação com a Arábia Saudita for interrompida. Ele também indicou que o atual nível de cooperação é menor do que o desejável.
Khashoggi, um crítico da família real saudita, foi morto no consulado saudita em Istambul em 2 de outubro. Muitos, incluindo a CIA, acreditam que o assassinato foi ordenado pelo príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman.
Apesar do relatório da CIA, o presidente estadunidense Donald Trump disse que não será duro com a Arábia Saudita, em vez disso elogiando seu papel no combate ao terrorismo e defendendo o acordo de US$ 450 bilhões com o governo de Riad. O presidente dos EUA disse na terça-feira que a CIA não determinou totalmente que o príncipe estava por trás do assassinato.
O ministro turco de Relações Exteriores também disse que Ancara forneceu a Washington uma lista de 84 pessoas que a Turquia quer extraditar dos EUA, algumas das quais supostamente ligadas ao FETO (Movimento Gülen). Ancara acusa Muhammed Fethullah Gülen (atualmente residindo na Pensilvânia) por orquestrar a fracassada tentativa de golpe de 2016 na Turquia e, sem sucesso, pediu sua extradição.