O assassinato de Kennedy é considerado um dos maiores mistérios do século XX. Muitos ainda acreditam que não há evidências credíveis suficientes que apontem para Lee Harvey Oswald como culpado e que ele não tenha agido sozinho. A lista de possíveis patrocinadores inclui a poderosa CIA, mafiosos e até o braço direito do ex-presidente.
Assassino de Oswald
Jack Ruby, o proprietário de uma boate em Dallas, dois dias após o assassinato atirou em Oswald em frente às câmeras de TV na base da delegacia da cidade. O relatório oficial da Comissão Warren de 1964 estabeleceu que Ruby não fazia parte de uma conspiração maior.
No entanto, o Comitê de Assassinatos da Câmara dos Deputados alegou em 1979 que "o assassinato de Oswald por Ruby não foi um ato espontâneo, pois envolveu alguma premeditação.
Quando os relatórios do Arquivo Nacional foram divulgados em 2017, ficou se sabendo que Ruby havia entrado em contato com o informante do FBI Bob Vanderslice, em Dallas, horas antes do assassinato, e o convidou para assistir aos fogos de artifício.
"Ele [Vanderslice] estava com Jack Ruby na esquina do edifício Postal Annex, em frente ao prédio do edifício Texas School Book Depository, no momento do tiroteio."
Trama para matar Fidel Castro?
Em seu livro, Judyth Vary Baker, de 75 anos, declara ter tido um caso de amor com Oswald, afirmando que ele era um agente da CIA envolvido em uma conspiração para assassinar Fidel Castro (ex-líder cubano) por causa da Crise dos Mísseis em Cuba.
O suposto complô da CIA visava infectar Castro com material mortal cancerígeno, enquanto Baker e Oswald trabalhavam em um laboratório patrocinado pela agência. Segundo a escritora, o plano falhou, e as pessoas por trás dele tentaram matar Kennedy, pois pensavam que ele não era "bom" para o país. Inicialmente Oswald foi contra a estratégia, mas depois cedeu.
Críticos alegam que Baker não forneceu evidências de que ela era conhecida de Oswald, embora ela tivesse registros de emprego, provando que ela trabalhou com ele em uma fábrica de café em Dallas.
Suspeitas em relação ao vice-presidente
O vice-presidente de Kennedy, Lyndon B. Johnson, foi considerado suspeito por cerca de 20% dos americanos, de acordo com pesquisa do Instituto Gallup de 2003.
A alegada amante de Lyndon, Madeleine Brown, disse o que ele falou na noite anterior ao assassinato: "Depois de amanhã, os Kennedys nunca mais me envergonharão novamente. Isso não é uma ameaça. Isso é uma promessa".
No entanto, o pesquisador do caso, Dave Perry, afirmou que "isso não é verdade", adicionando que "muitos texanos não gostavam de Johnson — eles pensavam que ele era um vigarista — então, como resultado, começaram a criar essa ficção depois do assassinato, de que ele queria que Kennedy saísse [do cargo] para que ele pudesse ser o presidente".
Conspiração de Chicago
De acordo com a emissora de TV ABC 7 Chicago, Kennedy poderia nunca ter conseguido ir a Dallas, já que dois planos conspirativos tentaram atingi-lo em Chicago no início de novembro de 1963, poucas semanas antes de sua comitiva chegar no Texas.
A outra tentativa veio de um ex-fuzileiro extremista de direita, Thomas Vallee, que tentou atingir o presidente durante a carreata com rifles de alta potência, que estavam no porta-malas de seu carro.
Máfia de Oswald
Outra teoria sobre o aniquilamento é sugerida pelo procurador do Distrito de Dallas, Craig Watkins, que divulgou documentos e itens relacionados à morte em 2008.
Os relatórios indicam que Kennedy poderia ter sido vítima de um confronto entre a máfia de Chicago e seu irmão Robert, que na época era procurador-geral dos EUA e liderava uma "cruzada antimáfia".
Em uma ligação grampeada, Oswald fala a Ruby que poderia "atirar em seu irmão", ou seja, o presidente, mas o FBI afirma que a suposição é falsa e que foi "recriada" para as autoridades.