O autor da matéria, Sebastien Roblin, explicou a ausência de tais armamentos no Ocidente com a tarefa principal dos sistemas em questão – a destruição de pontos de apoio fortificados. Para estes fins os exércitos ocidentais geralmente optam por ataques aéreos.
"A Rússia também possui sistemas autopropulsados de morteiros de 120 mm, os 2S9 Nona, além de ter o veículo único 2S4 Tyulpan (Tulipa) com um morteiro de 240 mm. Trata-se do maior sistema de morteiros do mundo que está em serviço", escreveu Roblin.
O autor aponta que a peça é capaz de disparar projéteis explosivos, cujo peso é equiparável a pequenas bombas aéreas, a distâncias de aproximadamente nove quilômetros. Enquanto isso, ao utilizar foguetes, o alcance do morteiro atinge quase 20 quilômetros, tendo cadência de tiros correspondente a um disparo por minuto.
Roblin acrescenta que diferentemente de um tiro de obuseiro, uma granada de morteiro atinge o alvo com uma trajetória quase vertical, sendo assim mais eficaz para destruir alvos fortificados, prédios, bem como forças inimigas em áreas montanhosas.
"O Tyulpan é capaz de utilizar um leque de munições especializadas. A granada de morteiro perfurante de concreto é destinada a destruir bunkers, enquanto as cargas incendiárias Sayda incendeiam edifícios. Também existe o projétil nuclear 3B11", apontou o analista.
Os sistemas de morteiros M-240 rebocados estão à disposição das Forças Armadas do Egito, além de serem utilizados pelas tropas governamentais da Síria.
"Apesar de os exércitos ocidentais utilizarem para tarefas análogas bombardeios aéreos, os sistemas terrestres possuem suas vantagens. Estes são capazes de efetuar disparos ininterruptos por muito tempo, além de operarem em condições em que o equipamento bélico aéreo está inacessível", ressaltou Roblin.