"Já declaramos que é necessário completar a investigação o mais rápido possível. Destacamos que as autoridades sauditas estão conduzindo esta investigação, estamos cooperando com as autoridades turcas e aguardando o veredicto final em um futuro próximo", disse Lavrov em coletiva de imprensa, após conversações com seu colega italiano, Enzo Moavero Milanesi.
Conhecido por suas críticas às políticas do príncipe herdeiro da Arábia Saudita, o jornalista Khashoggi foi visto vivo pela última vez em 2 de outubro, quando entrou no consulado saudita em Istambul.
O jornal Washington Post, onde Khashoggi trabalhava como colunista, foi o primeiro a relatar tortura e morte do jornalista, enquanto as autoridades sauditas afirmavam que o opositor tinha deixado a embaixada.
Em face da crescente pressão internacional, primiero Riad admitiu que Khashoggi morreu durante uma "briga" dentro do consulado. Depois o governo saudita informou que o jornalista foi vítima de "uma operação não autorizada". Depois de semanas, Riad finalmente revelou se tratar de um crime premeditado, e a justiça saudita determinou a prisão de cerca de 20 pessoas.
Arábia Saudita argumenta que o assassinato não partiu da família real, mas Washington Post publicou um relatório da CIA, segundo o qual o príncipe-herdeiro saudita estaria diretamente implicado no assassinato de Khashoggi.