Vale ressaltar que, enquanto a Rússia reitera que o destino de Bashar Assad deve ser decidido pelo próprio povo sírio, alguns países do Ocidente, inclusive os EUA, insistem que Assad deve abandonar o poder, considerando saída dele um fator-chave da regularização síria.
"Acreditamos que ele [Bashar Assad] envergonha a humanidade. Ele é um impiedoso criminoso militar, talvez o maior e o mais impiedoso criminoso militar do mundo hoje em dia. Não obstante, embora os EUA nunca venham a ter boas relações com Bashar Assad, nos comprometemos com o processo político que vai se realizar em conjunto com o povo sírio e pelo próprio povo sírio", disse Jeffrey.
O representante oficial acrescentou que "cabe ao povo sírio decidir quem vai governá-lo e que governo ele terá".
"Não temos como objetivo nenhuma mudança de regime. Temos como objetivo a mudança de comportamento deste regime, em primeiro lugar, em relação a seus próprios cidadãos, depois aos vizinhos, mais tarde à comunidade internacional, se falarmos do uso de armas químicas, torturas, ameaças colossais à região, em resultado do envolvimento do Irã, em resultado, ainda que de modo indireto, do desastre do Daesh [organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países] na região e na Europa, e do fluxo de refugiados que se tornaram um fardo para a Europa e a Turquia, o Líbano e a Jordânia", disse.
De acordo com ele, tem uma "lista longa" daquilo que os EUA consideram inaceitável, que o país não gosta no governo sírio e que este "precisa mudar para conseguir a verdadeira paz e a verdadeira regularização das discordâncias com a comunidade internacional", e isto tudo está relacionado "não apenas a Assad", precisou Jeffrey. O diplomata também se manifestou a favor da integridade territorial síria e descartou que os EUA queiram desmoronar o país.