'Violação da soberania iraquiana': legisladores exigem retirada dos EUA do Iraque

© REUTERS / Ammar AwadSoldados do exército norte-americano na cidade de Bartela, perto de Mossul, Iraque
Soldados do exército norte-americano na cidade de Bartela, perto de Mossul, Iraque - Sputnik Brasil
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Os EUA prometeram "reduzir gradualmente" sua presença no Iraque em fevereiro deste ano, depois que Bagdá declarou vitória sobre o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em vários outros países) em dezembro do ano passado, mas se recusaram a retirar todo seu contingente do país.

Em agosto, a coalizão liderada pelos EUA comunicou que os estimados 5.200 soldados norte-americanos no Iraque permaneceriam no país "pelo tempo que for necessário". 

Falando à Press TV do Irã na sexta-feira (23), o legislador Amer al-Shebli argumentou que a presença contínua dos EUA é "uma violação da soberania iraquiana".

"A presença das forças dos EUA no Iraque é ilegal. Como membro do Comitê de Segurança do Parlamento, expressamos nossa preocupação com a presença dos militares dos EUA e o aumento constante do número de soldados", acrescentou outro deputado, Adnan al-Assadi.

"Eles têm milhares de soldados aqui. No entanto, o governo diz que eles são conselheiros", observou.

Por sua vez, o legislador Kadhim al-Sayadi afirmou que "os sacrifícios do povo iraquiano em sua luta contra o Daesh mostram o quanto é importante a soberania de seu país".

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"Hoje, nenhum país permitirá bases militares estrangeiras em suas terras", frisou. 

Outros legisladores se pronunciaram dizendo que os EUA poderiam manter uma presença militar no Iraque, mas somente se chegassem a um acordo com o governo do país, com a aprovação do Parlamento.

Os EUA invadiram o Iraque em 2003 sob o pretexto de encontrar e destruir armas de destruição em massa. As armas nunca foram encontradas e os Estados Unidos se retiraram do país em 2011, depois de uma ocupação dispendiosa que levou à morte mais de 4.800 soldados das tropas da coalizão e até um milhão de iraquianos. Depois da retirada dos EUA, o governo pró-americano em Bagdá foi assolado pela violência sectária, levando a novas mortes e à ascensão do Daesh, que devastou grandes áreas do oeste do Iraque e do leste da Síria e declarou um califado em 2014. Forças sírias e iraquianas e seus aliados lançaram operações para derrotar o grupo terrorista e recuperar seus territórios. Em 2018, os remanescentes do Daesh estavam confinados a uma pequena área da Síria, a leste do rio Eufrates.

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