Em agosto, a coalizão liderada pelos EUA comunicou que os estimados 5.200 soldados norte-americanos no Iraque permaneceriam no país "pelo tempo que for necessário".
Falando à Press TV do Irã na sexta-feira (23), o legislador Amer al-Shebli argumentou que a presença contínua dos EUA é "uma violação da soberania iraquiana".
"A presença das forças dos EUA no Iraque é ilegal. Como membro do Comitê de Segurança do Parlamento, expressamos nossa preocupação com a presença dos militares dos EUA e o aumento constante do número de soldados", acrescentou outro deputado, Adnan al-Assadi.
"Eles têm milhares de soldados aqui. No entanto, o governo diz que eles são conselheiros", observou.
Por sua vez, o legislador Kadhim al-Sayadi afirmou que "os sacrifícios do povo iraquiano em sua luta contra o Daesh mostram o quanto é importante a soberania de seu país".
Outros legisladores se pronunciaram dizendo que os EUA poderiam manter uma presença militar no Iraque, mas somente se chegassem a um acordo com o governo do país, com a aprovação do Parlamento.
Os EUA invadiram o Iraque em 2003 sob o pretexto de encontrar e destruir armas de destruição em massa. As armas nunca foram encontradas e os Estados Unidos se retiraram do país em 2011, depois de uma ocupação dispendiosa que levou à morte mais de 4.800 soldados das tropas da coalizão e até um milhão de iraquianos. Depois da retirada dos EUA, o governo pró-americano em Bagdá foi assolado pela violência sectária, levando a novas mortes e à ascensão do Daesh, que devastou grandes áreas do oeste do Iraque e do leste da Síria e declarou um califado em 2014. Forças sírias e iraquianas e seus aliados lançaram operações para derrotar o grupo terrorista e recuperar seus territórios. Em 2018, os remanescentes do Daesh estavam confinados a uma pequena área da Síria, a leste do rio Eufrates.