O Conselho Nacional de Segurança e Defesa da Ucrânia decidiu, após reunião neste domingo (25), pela imposição da lei marcial no país pelo período de 60 dias.
De acordo com o presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko, a introdução da lei marcial não significa de forma alguma a mobilização imediata, será realizada em primeiro lugar a preparação dos militares. A Ucrânia conduzirá ações exclusivamente para defender seu território, proteger e garantir a segurança de seus cidadãos.
"E, neste sentido, a lei marcial não muda nada. O Exército da Ucrânia continua sendo um exército obsoleto com pouco potencial ofensivo, sobre a Marinha nem vale a pena falar. Por isso, eu acho que não há ameaça à segurança nacional da Rússia", disse o especialista, acrescentando que a operação ofensiva da Ucrânia em Donbass não se intensificará.
Em sua opinião, as razões da introdução da lei marcial não estão de forma alguma no plano militar, mas no plano político.
Ele sugeriu que a Ucrânia decidiu provocar a Rússia ao desestabilizar a situação no estreito de Kerch precisamente para esse propósito. "Afinal, antes disso, em setembro, vários navios ucranianos já tinham atravessado o estreito de Kerch sem confusões, sem problemas, e agora houve uma invasão direta das águas territoriais, ignorando as exigências e as regras de passagem pelo estreito. De fato, houve uma provocação militar", explicou Murakhovsky.
O Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia declarou ontem (25) que os navios militares Berdyansk, Nikopol e Yany Kapu da Marinha ucraniana violaram a fronteira russa, realizaram manobras perigosas e não reagiram às exigências legais dos navios da Guarda de Fronteiras e da Frota do Mar Negro da Rússia de pararem imediatamente, tendo por isso sido detidos.