Segundo Patrushev, o incidente mostra que o líder ucraniano está pronto a fazer tudo para se manter no poder.
"Os marinheiros ucranianos viraram peões no jogo político do presidente [Pyotr] Poroshenko e seus aliados, que estão prontos a cometer quaisquer crimes para aumentar suas chances de ficar no poder. Como se sabe, na situação atual, estas chances são poucas", afirmou o general e político, Nikolai Patrushev.
"Com a lei marcial aprovada e os direitos e liberdades dos cidadãos ucranianos parcialmente limitados, é possível que [Poroshenko] cancele as eleições presidenciais sob o pretexto de defender a Ucrânia", ressaltou.
Patrushev sublinhou que, ao cruzar a fronteira russa, os navios ucranianos violaram gravemente a lei internacional e que suas ações parecem uma "provocação planejada", acrescentando que as ações de Kiev viraram uma constante fonte de ameaças.
Na tarde da segunda-feira (26), o parlamento ucraniano aprovou a introdução da lei marcial de 30 dias no país depois do incidente no estreito de Kerch. Mais cedo, foi anunciado que a Ucrânia tinha posto seu exército em alerta para o combate. A decisão foi tomada após o incidente com três navios ucranianos no estreito de Kerch.
Navios ucranianos violam fronteiras russas
Foi tomada a decisão de usar armas. Todos os navios ucranianos foram detidos aproximadamente a 20 km da costa russa e a 50 km do local habitual de passagem dos navios no estreito de Kerch por baixo da Ponte da Crimeia.
Durante o incidente, três militares ucranianos ficaram levemente feridos. Eles receberam assistência médica e não correm risco de vida. A Rússia abriu um processo criminal por violação da fronteira.