A análise de DNA mostrou que o "unicórnio siberiano" não foi extinto 200 mil anos atrás, antes da última Idade do Gelo, como se tinha acreditado. O animal sobreviveu por muito mais tempo, desaparecendo há uns 35-36 mil anos, ou seja, na época em que os humanos começaram a povoar o estepe da Rússia, Cazaquistão, Mongólia e norte da China. Assim, sublinha a edição, os "unicórnios siberianos" poderiam ter vivido no planeta com os humanos modernos.
Outra descoberta surpreendente do estudo é que Elasmotherium sibiricum não possuía ligação direta com rinocerontes modernos, mas era uma linhagem única que se separou da linha que deu origem aos rinocerontes modernos há mais de 40 milhões de anos.
Desta vez, especialistas coletaram 23 amostras de osso do mamífero e analisaram DNA.
Apesar da possível convivência com humanos, cientistas duvidam que o animal misterioso tenha sido extinto por essa razão. Alan Cooper, da Universidade de Adelaide (Austrália), explicou que a extinção aconteceu "durante um período de mudança climática, que não era extrema, mas, sim, causou muitos invernos muito mais frios o que, achamos, alterou a extinção das paisagens na área".
O que ainda permanece sendo um enigma é o tamanho dos cornos dos mamíferos, já que nenhum foi encontrado. Porém, com base no tamanho da parte do crânio onde deveria ter crescido um corno, os cientistas acreditam corresponder a um metro de comprimento.