"Eu não quero que ninguém pense que é pouca coisa. O país está sob a ameaça de uma guerra em grande escala com a Federação da Rússia", disse Poroshenko em entrevista aos canais de televisão ucranianos na terça-feira (27).
Ele também apresentou imagens de satélite que supostamente mostram uma base militar russa, localizada a 18 quilômetros da fronteira com a Ucrânia. As imagens teriam sido obtidas em setembro e outubro.
Ele ainda apontou que os tanques não teriam sido retirados da base depois o incidente no Estreito de Kerch.
"Após o incidente no Mar de Azov, era esperado que fornecessemos às Forças Armadas ucranianas a capacidade de resistência em caso de uma invasão terrestre em larga escala", disse Poroshenko.
Provocação ucraniana e tensão regional
Na segunda-feira (26), a Suprema Rada, como é chamado parlamento ucraniano, aprovou um decreto de Poroshenko propondo a introdução da lei marcial em algumas regiões do país ao longo da fronteira com a Rússia e ao longo da costa do Mar Negro e Mar de Azov. O decreto terá validade por 30 dias.
Segundo o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB), os navios partiram em direção ao Estreito de Kerch, uma entrada para o Mar de Azov, onde os navios foram detidos pela Rússia devido à falta de resposta a uma exigência legal para que parassem.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia descreveu as ações dos navios ucranianos como uma provocação cometida em violação da lei internacional.