Após incidente no estreito de Kerch, Trump ameaça não ir à reunião com Putin no G20

© Sputnik / Katelyn OaksTrump se reúne com apoiadores na Pensilvânia.
Trump se reúne com apoiadores na Pensilvânia. - Sputnik Brasil
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse durante uma entrevista que pode cancelar sua reunião com o presidente russo, Vladimir Putin, marcada para ocorrer durante o encontro do G20, na Argentina.

O motivo seria o incidente naval envolvendo Rússia e Ucrânia no estreito de Kerch.

"Talvez eu não tenha a reunião [com Putin]. Talvez eu nem tenha a reunião", disse Trump ao The Washington Post nesta terça-feira (27). "Eu não gosto dessa agressão. Eu não quero essa agressão", completou.

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Trump também afirmou que aguarada um relatório completo de sua equipe de segurança nacional detalhando as ações da Rússia no mar Negro no domingo (25).

Mais cedo nesta terça-feira (27), a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, disse durante coletiva de imprensa que Trump pretende realizar diversas reuniões bilaterais durante a cúpula do G20. Em sua fala ela citou, entre outros, o encontro com o presidente Putin.

O Conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, também declarou que a reunião entre os líderes de EUA e Rùssia será uma continuação das conversas tidas entre ambos em Helsinque, no início deste ano. Bolton acrescentou que as recentes tensões entre Rússia e Ucrânia estariam entre os tópicos de discussão.

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No domingo (25), o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) divulgou que interceptou três navios ucranianos que adentraram ilegalmente em águas territoriais russas temporariamente fechadas no estreito de Kerch. O FSB afirmou ainda que os navios da Ucrânia violaram a lei internacional ao tentar passar do mar Negro para o mar de Azov.

Em resposta, as autoridades ucranianas decidiram, já na segunda-feira (26), introduzir a lei marcial em regiões da Ucrânia ao longo da fronteira com a Rússia, assim como ao longo da costa do mar Negro e do mar de Azov. A lei marcial durará por um período de 30 dias.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse no mesmo dia que o incidente representa uma provocação muito perigosa e exigiu uma investigação séria a respeito do incidente.

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