Comentando a questão ao Infobae, Dzhapárova disse que Kiev contratou os serviços da empresa de comunicação internacional Latcom para instalar um enorme cartaz com uma mensagem contra a presença russa na Crimeia e ao apoio às milícias separatistas do leste da Ucrânia. No entanto, o pedido teria sido rejeitado por ser considerado "muito político".
O pôster em inglês dizia "O mundo mudou. Por quê? A Ucrânia sabe a resposta", uma referência para a campanha do governo ucraniano '100Whys', que tenta promover internacionalmente a sua visão dos eventos no país após a crise de 2014.
Além disso, o cartaz mostraria um mapa da Ucrânia com uma serra banhada em sangue dividindo a Crimeia (simbolizando a divisão do território) e um machado sobre a região de Donbass, devido à guerra civil que segue em curso no leste. Dzhapárova especificou que o cartaz também mostraria o rosto de uma menina ucraniana de 13 anos que perdeu uma perna durante o conflito armado.

A Sputnik entrou em contato com a Latcom para entender os detalhes da decisão, mas não recebeu resposta até o momento.
Pelo Facebook, Dzhapárova informou que a Ucrânia levará a campanha adiante de qualquer maneira. Para isso, as autoridades ucranianas trouxeram de Kiev para Buenos Aires um cartaz reduzido que será exibido nas ruas da capital argentina.
Kiev acusa a Rússia de invadir a Crimeia após o conflito civil em 2014 que culminou com a queda do então presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych. Logo após a eleição de um novo governo central, cidadãos da península votaram por se separarem da Ucrânia e voltarem à Federação Russa, gerando reações internacionais e sanções contra Moscou que perduram até hoje.