Os líderes dos três países chegaram a um acordo para direcionar o mais de um trilhão de dólares de comércio que o grupo movimenta. As tratativas tomaram mais de um ano e meio.
O desfecho do acordo encerra uma grande fonte de irritação para a administração dos EUA — que agora enfrenta uma disputa comercial muito maior com a China. A expectativa agora está em um possível encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seu homólogo chinês, Xi Jinping, durante a cúpula do G20 que ocorre em Buenos Aires, Argentina.
Canadá e México brigavam com os Estados Unidos sobre as palavras e os pontos mais delicados do acordo trilateral e ainda não haviam concordado apenas algumas horas antes de as autoridades se reunirem para assiná-lo no início da cúpula do G20.
"Tem sido longo e difícil. Trocamos muitas farpas e um pouco de abuso e chegamos lá", disse Trump após a assinatura. "Tem sido uma batalha e batalhas, por vezes, fazem grandes amizades."
"Donald, é mais um motivo pelo qual precisamos continuar trabalhando para remover as tarifas sobre aço e alumínio entre nossos dois países", disse Trudeau.
O presidente do México, Enrique Peña Nieto, que premiou Jared Kushner, genro e conselheiro de Trump, com a mais alta ordem do México para estrangeiros, foi mais caloroso. Em seu último dia no cargo, ele disse que o novo acordo foi forjado com a "firme crença de que somos mais fortes e competitivos".
O USMCA ainda precisa ser aprovado pelo Legislativo dos 3 países.
Mas o cenário dos EUA vai mudar significativamente em janeiro, quando os Democratas assumem o controle da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos em janeiro, após vencer as eleições de meio de mandato em novembro. A presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, prometeu "examinar minuciosamente" o novo pacto.
No entanto, Trump e o representante comercial dos EUA, Robert Lighthizer, disseram na sexta-feira estarem confiantes de que o acordo passaria pelo Congresso.
"Foi tão bem revisado que não espero ter muito problema", disse Trump.
Trump forçou o Canadá e o México a renegociarem o acordo de 24 anos porque ele disse que o pacto existente encorajava as empresas dos EUA a mudarem suas fábricas para o México, em busca de salários mais baixos.