No entanto, Mattis não sugeriu nenhum papel dos EUA em tal processo e disse a um fórum de segurança na Califórnia: "Cabe ao povo venezuelano, cabe aos Estados regionais da região ajudar a acelerar isso e trazer o país de volta a um futuro próspero e positivo".
Mais de 3 milhões de venezuelanos fugiram do país nos últimos anos, expulsos pela escassez brutal de alimentos e medicamentos, hiperinflação e crimes violentos.
Washington impôs sanções à Venezuela, denunciando Maduro por aniquilar os direitos humanos e provocar um colapso econômico.
"Isto é o que acontece quando você tem um déspota irresponsável que leva um país à ruína. E acho que o que devemos fazer é trabalhar, com e através de nossos aliados latino-americanos, enquanto estabilizamos essa situação", disse Mattis ao Fórum Nacional de Defesa Reagan.
"Estamos fazendo nosso melhor diplomaticamente e por meio de ajuda humanitária. Mas, em última análise, esse regime terá que ir", disse ele.
Na segunda-feira, a Organização das Nações Unidas (ONU) prometeu US$ 9,2 milhões em ajuda humanitária para a Venezuela, onde a fome e as doenças evitáveis estão aumentando devido à escassez de alimentos e remédios. Maduro diz que a situação é fruto das sanções dos EUA e da "guerra econômica" feita por adversários políticos.
Críticos do governo comemoraram a promessa da ONU como um reconhecimento das autoridades venezuelanas de que o país enfrenta uma crise humanitária — algo que Maduro negou no passado — e um passo em direção ao tratamento de uma população carente de serviços básicos.
Mas alguns temem que os fundos possam alimentar a corrupção do partido de Maduro, que foi colocado a prova quando um ex-tesoureiro venezuelano disse aos promotores norte-americanos que recebeu US$ 1 bilhão em propinas.