Em uma carreira política de três décadas, Bush foi congressista do Texas, enviado dos EUA para a China e a ONU, assim como diretor da CIA e vice-presidente de Ronald Reagan (40º presidente americano).
Ele também dedicou grande parte de sua atenção à política externa e foi amplamente criticado por ter negligenciado as questões domésticas.
Guerra do Golfo em 1991
O 41º presidente americano passou por tempos turbulentos, como a queda do Muro de Berlim, as negociações do NAFTA e muitos outros, mas a Guerra do Golfo de 1991 é considerada a peça central de sua presidência e talvez sua maior conquista na política externa.
A Guerra do Golfo foi uma grande ofensiva liderada pelos EUA contra o Iraque e seu presidente Saddam Hussein em resposta à invasão iraquiana do Kuwait. A coalizão liderada pelos EUA, que incluía vários países árabes, enviou 670 mil soldados, dos quais 425 mil vieram do país norte-americano.
Eliminação do potencial nuclear de Saddam
George H.W. Bush anunciou que seu objetivo na guerra era expulsar as forças de Saddam Hussein do Kuwait, "eliminando" seu potencial nuclear e destruindo suas instalações de armas químicas, bem como a artilharia e os tanques. Apesar de ter conseguido isso, o líder não foi capaz de erradicá-los completamente.
A guerra de 1991 levou os EUA a aumentarem sua influência e presença militar na região e a estabelecerem uma rede de bases militares em todo o golfo, fazendo com que o sentimento antiamericano na República Islâmica atingisse seu pico.
Nova Ordem Mundial
A Guerra do Golfo foi vista como o primeiro teste da nova ordem mundial que Bush proclamou em 1991.
"Teremos sucesso no golfo. E quando o fizermos, a comunidade mundial terá enviado um aviso duradouro a qualquer ditador ou déspota, presente ou futuro, que tencione levar a cabo uma agressão ilegal", disse ele em um discurso memorável.
Segundo o falecido presidente, uma nova ordem mundial significaria a segurança coletiva no quadro da cooperação internacional e o colapso dos princípios da era da Guerra Fria. Seu discurso ocorreu quase dez anos antes dos ataques de 11 de setembro, que marcaram um divisor de águas para os EUA e as relações internacionais.