Segundo a fonte do RT, a possibilidade de proibição estava sendo planejada há muito tempo, mas até agora não tinha havido unanimidade, visto que essa iniciativa "encerra demasiados riscos", na opinião dele.
O interlocutor do canal assinalou também que não havia qualquer fundamento para tal restrição e que ela "visou mais impressionar os parceiros ocidentais e pedir o reforço das sanções contra a Rússia".
"Estabelecemos os grupos de risco, os quais podem estar envolvidos em acontecimentos desestabilizadores no território ucraniano", comentou Demchenko, acrescentando que, para tal, são verificadas as viagens anteriores destas pessoas à Ucrânia e se houve antes violações das leis ucranianas.
As autoridades ucranianas começaram desde segunda-feira (26) a impedir a travessia da fronteira aos cidadãos russos. Na sexta-feira, o presidente ucraniano Pyotr Poroshenko declarou que a Ucrânia impôs limitações à entrada de cidadãos da Federação da Rússia do sexo masculino entre 16 e 60 anos. O número de pessoas que foram "mandadas para trás" na fronteira russo-ucraniana nos últimos dias ultrapassou 140.
A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, chamou a decisão das autoridades ucranianas de "disfunção do Estado". O senador russo Frants Klintsevich afirmou que a Rússia não vai introduzir limitações semelhantes à entrada de cidadãos ucranianos do sexo masculino.
Incidente no estreito de Kerch
Na segunda-feira (26), o parlamento ucraniano aprovou a introdução da lei marcial em algumas regiões do país por 30 dias. A medida foi tomada na sequência do incidente no estreito de Kerch, quando três navios ucranianos atravessaram a fronteira marítima da Rússia, violando o direito internacional.
Para o presidente russo, Vladimir Putin, o incidente foi organizado por Kiev devido à situação política interna nas vésperas das eleições.