Membros do Povo Sem Fronteiras, um grupo de direitos de imigração conhecido por organizar várias caravanas de migrantes no México e na América Central, além de outros organizadores não identificados, devem ser processados, declarou o prefeito de Tijuana, Juan Manuel Gastelum, à rede Fox News.
"Esta pessoa que diz que é de Povo Sem Fronteiras […] Vamos cuidar dele, de uma forma legal", garantiu Gastelum. "Esses são realmente criminosos porque eles estão lidando com vidas, eles estão lidando com pessoas […] É um crime federal".
Acusando o influxo de migrantes da América Central de agir de forma violenta e desrespeitosa com os moradores locais, Gastelum disse que sua presença na cidade "nos feriu". O prefeito, que apoia a deportação de migrantes violentos, mais uma vez convocou o governo federal e o presidente recém-eleito para intensificar seus esforços para apoiar a cidade, que está lutando para acomodar cerca de 8 mil imigrantes que atualmente esperam que os EUA processem seus pedidos de asilo.
Combater o afluxo de migrantes será a primeira missão de Andrés Manuel López Obrador, uma vez que ele seria empossado no sábado. Os principais membros do gabinete de Obrador planejam viajar para Washington neste domingo para finalizar um acordo que obrigaria os requerentes de asilo a permanecer no México, enquanto suas reivindicações são processadas pelas autoridades dos EUA, informou o jornal The Washington Post.
As tensões aumentaram na fronteira sul do país no fim de semana passado, quando as autoridades dos EUA usaram gás lacrimogêneo contra centenas de imigrantes que tentaram cruzar a fronteira para a Califórnia, perto do Porto de Entrada de San Ysidro.
"Nessas seis horas em que a fronteira foi fechada, perdemos aproximadamente 129 milhões de pesos (US$ 1,4 milhão)", segundo Gastelum. Enquanto as autoridades prenderam 42 migrantes, nenhum dos detidos no confronto de domingo será acusado criminalmente, disse um funcionário do governo à CNN na sexta-feira. Em vez disso, todos enfrentam a deportação.