O exército sírio eliminou mais de 270 combatentes do grupo terrorista Daesh (proibido na Rússia e em vários outros países) na província de As-Suwayda, no sul do país, informou o representante do comando das tropas russas deslocadas na Síria, Oleg Makarevich, acrescentando que a ofensiva decorreu em condições climáticas difíceis e em terreno muito acidentado.
Segundo ele, a operação foi dificultada pelo fato de a deslocação de tanques e equipamento pesado ser limitada na área, enquanto os terroristas possuíam muitos lança-granadas, mísseis antitanque e lança-morteiros de 82 milímetros. Os militares sírios conseguiram capturar muitos armamentos, incluindo 12 mísseis antitanque TOW, de produção americana.
O especialista militar Viktor Murakhovsky falou em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik sobre o significado dos combates em As-Suwayda e a importância dessa vitória.
"Os combatentes chegaram ao platô de As-Suwayda vindos não apenas da região de Al-Tanf, controlada pelos EUA, mas também da margem oriental do rio Eufrates, bem como das regiões próximas à fronteira com o Irã. Mas as tentativas dos extremistas de criarem um grande centro do Daesh em As-Suwayda fracassaram graças aos esforços da Força Aeroespacial russa e das tropas governamentais sírias", comentou.
Os norte-americanos teriam alegadamente fornecido esses mísseis à oposição moderada síria, mas vemos mais uma vez que esta "oposição moderada" afinal eram islamistas radicais, disse o analista.
Em 17 de novembro, as tropas governamentais sírias libertaram as colinas de al-Safa na província de As-Suwayda, a 92 quilômetros de Damasco, assumindo o controle do último bastião do grupo terrorista Daesh no sul do país.
Segundo a agência síria SANA, durante a ofensiva do mês passado foi eliminado o líder do grupo terrorista Daesh no sul da Síria, Hadir al-Shishani.