"Esse amálgama que surgiu agora serve para desestabilizar o movimento. Diferentes atores estão tentando tirar proveito desse movimento, porque há pessoas por trás dele com um grande poder", defende.
O primeiro-ministro Edouard Philippe cancelou uma reunião com membros do movimento de "coletes amarelos" na terça-feira depois destes receberem ameaças de morte.
Kujawa confirmou à Sputnik que ativistas que defendem objetivos mais liberais estão sendo ameaçados em redes sociais e por mensagens de texto.
"Os grupos de extremistas estão por trás dessas ameaças destinadas a desestabilizar o movimento. O movimento hoje é um movimento de desestabilização", disse ele.
Quatro pessoas foram mortas nos distúrbios desde o início dos protestos. As passeatas começaram contrárias aos aumentos nos impostos sobre combustíveis, mas desde então se ampliaram para incluir demandas de estudantes, médicos e outras categorias. Isso levou a confrontos com a polícia em Paris no fim de semana.
"Acho que o adiamento tem que ser muito mais longo. Precisamos congelar o imposto por pelo menos um ano", disse ele, acrescentando que isso provaria que as autoridades "realmente estão dispendendo tempo para pensar em melhorias".
Kujawa diz ainda que agora a população espera participação mais direta na formulação de medidas de efeito amplo e um fim às reformas impopulares.
"Acho que não será suficiente para acalmar [o povo] porque as pessoas querem mais hoje".