O especialista militar Nikolay Protopov explica que capacidades únicas possui o material bélico do futuro.
Entre as caraterísticas mais marcantes do sistema Penitsillin — que entrará em serviço em 2020 — é que ele funciona a uma distância segura do adversário. Isso minimiza os riscos para a vida do pessoal de reconhecimento avançado. Não obstante, o sistema que tem o nome do famoso antibiótico é capaz de operar de modo completamente autônomo.
Ao falar sobre funcionamento do sistema russo, o especialista explicou que ele detecta o ruído e a energia cinética produzidos pelos disparos de sistemas inimigos, tais como artilharia, mísseis, etc. Assim, o sistema recebe e trata os sinais e, em seguida, determina a posição do material bélico do adversário.
Ao receberem as coordenadas certas de sua localização — o que leva só alguns segundos — os artilheiros atacam quase imediatamente as posições do inimigo sem permitir-lhe efetuar o segundo disparo.
Além disso, o Penitsillin russo é equipado com câmeras de vídeo e térmicas que seguem a trajetória de voo das munições. Elas permitem ao sistema controlar uma faixa de 25 quilômetros de largura. Entretanto, apenas um desses equipamentos russos é suficiente para fornecer informação a uma divisão de artilharia.
Métodos de detecção integrados
Atualmente, os engenheiros da indústria militar russa conseguiram unificar o método de detecção por som com câmeras de vídeo e térmicas no mesmo sistema. Isso aumenta significativamente as capacidades do novo Penitsillin, levando ao mínimo as desvantagens possíveis.
Radares a que falta camuflagem
Vale a pena destacar que os militares também têm em seu serviço outros meios que permitem detectar a localização do material bélico inimigo — os radares de contrabateria. Trata-se de uma estação de radar Zoopark que detecta os projéteis de artilharia disparados por uma ou mais peças, obuseiros, morteiros ou lançadores de foguetes e, a partir de suas trajetórias, localiza a posição no terreno da arma que o disparou.
Esses radares são verdadeiros "monstros" da detecção de alvos inimigos, pois são capazes de localizar a artilharia adversária à distância de até 65 quilômetros. No entanto, essas enormes estações de radares têm uma séria desvantagem. Visto que emitem uma potente radiação eletromagnética, os radares deixam de serem invisíveis, ou seja, são mais fáceis de serem detectados. Consequentemente, as armas inimigas têm oportunidade de destruí-los.
"Tais estações de radar possuem uma antena bastante grande e devem emitir um forte sinal na faixa de radiolocalização para poderem determinar e calcular a trajetória [de voo] das munições a partir do seu raio refletido. O sistema Penitsillin não emite nada — é praticamente impossível localizá-lo. Entretanto, ele calcula as coordenadas com a mesma precisão", opina outro especialista militar russo, Viktor Murakhovsky.
Ocidente permanece ansioso