O teste do míssil antinavio foi realizado em 5 de dezembro. Durante o exercício, os mísseis destruíram oito alvos convencionais a uma distância de cerca de 300 quilômetros, informou Kiev.
O analista militar ucraniano Mikhail Zhirokhov afirmou que Kiev precisa de uma arma capaz de "neutralizar a agressão híbrida russa" nos mares Negro e de Azov. Ao mesmo tempo, Zhirokhov indicou que atualmente o Neptun está em fase de testes e pode entrar em serviço não antes de meados do ano de 2019.
A fabricação do míssil pode ter levado mais tempo devido à necessidade de elaborar um sistema de guiamento. De fato, atualmente poucos países produzem mísseis autoguiados.
O especialista militar Aleksei Leonkov explicou ao portal russo Vzglyad que a ausência do sistema de guiamento não é problema se for conhecida a localização exata do alvo. No entanto, o analista duvida que o recente teste tenha sido tão bem-sucedido como foi descrito por Kiev.
"Lançar um míssil e afirmar que atingiu o alvo não é um assunto complicado. Mas onde, por exemplo, estão as gravações ou os dados de telemetria? Além disso, os militares geralmente emitem avisos antes de testar mísseis na zona onde navegam navios civis", explicou o especialista.
O analista militar e editor-chefe adjunto da revista russa Arsenal Otechestva, Dmitry Drozdenko, revelou que a única coisa que diferencia o novo míssil, além de sua cor, é a presença de uma etapa adicional.
Ao mesmo tempo, o cientista político russo e professor da Universidade de Economia Plekhanov, Andrei Koshki, ficou impressionado com a nova modificação do míssil.
"Estão trabalhando no Neptun há muito tempo, eles sofreram tantos fracassos e agora mostram um resultado tão bom. Não acredito que eles tenham conseguido isso sem ajuda externa", disse ele.
A esse respeito, Koshkin não descartou a possível participação dos EUA no seu desenvolvimento.
O analista também admitiu que é difícil avaliar a precisão do novo míssil, já que as informações sobre oito lançamentos bem-sucedidos foram emitidas pelas próprias autoridades ucranianas e não têm qualquer prova documental.