A bactéria foi extraída do DNA dos dentes do corpo encontrado no sul da Suécia, pertencente a uma garota de 20 anos. O microrganismo encontrado foi o Yersinia Pestis, que foi responsável pela pandemia de peste no continente europeu na Idade da Pedra, segundo os pesquisadores.
No mesmo túmulo, foi encontrado outro cadáver, cujos restos também possuíam a bactéria. Os autores do achado acreditam que estão diante de indícios da primeira grande pandemia da humanidade.
Através de análises genéticas, após estudar o genoma de mais de mil cadáveres, foi determinado que o tipo de bactéria da peste que matou a mulher sueca surgiu há aproximadamente 5,7 mil anos.
Ancient, Unknown Strain of Plague Found in 5,000-Year-Old Tomb in Sweden https://t.co/PeI2XGy4VP pic.twitter.com/CFkoYo0ZN7
— Live Science (@LiveScience) 6 de dezembro de 2018
Cepa antiga e desconhecida de peste encontrada em túmulo de 5.000 anos na Suécia
Os resultados do estudo revelaram que o vírus se espalhou pela Europa, desde o sudeste da Rússia até à Suécia, em um período muito curto de cerca de 600 anos.
O autor da pesquisa e biólogo argentino da Universidade de Aix-Marseille, Nicolás Rascován, afirmou que na época que ocorreu a pandemia não havia grandes migrações humanas que pudessem justificar a dispersão.
Na época em que a jovem encontrada viveu, ou seja, há 5 mil anos, surgiram as primeiras cidades, onde os humanos e animais viviam juntos em condições precárias de higiene. Nesse tempo, ocorreu um acentuado declínio na população (entre 30% a 60%), semelhante ao que ocorreu na Idade Média com a Peste Negra. Devido a isso, várias cidades foram queimadas e abandonadas, marcado o fim da Idade da Pedra.