A decisão foi anunciada durante uma reunião de Temer com ministros no Palácio da Alvorada, e também tem como alvo a crise no sistema penitenciário de Roraima. O presidente destacou que a decisão foi negociada com a governadora do estado, Suely Campos.
"Tentamos os mais variados meios [...]. Não encontramos nenhuma saída legal para tanto, daí porque eu, ainda pouco tempo atrás, falei com a senhora governadora e disse que a única hipótese para solucionar esta questão, especialmente aquela de natureza salarial, seria decretar a intervenção até a posse, naturalmente, do novo governador, ou seja, até 31 de dezembro", explicou Temer.
"Fiz com a senhora governadora [Suely Campos] uma espécie de intervenção negociada. Ela acedeu a esta fórmula, concordou com esta fórmula, acha que de fato a situação está se complicando no estado de Roraima e que a melhor solução seria precisamente essa", complementou o mandatário brasileiro.
Conversei com a governadora de Roraima, Suely Campos, e chegamos à conclusão que uma intervenção negociada é a melhor solução para o Estado hoje. pic.twitter.com/szirmL3brf
— Michel Temer (@MichelTemer) 7 de dezembro de 2018
Neste sábado, vamos levar aos conselhos de Defesa Nacional e ao da República a nossa decisão. Nós queremos pacificar a situação de Roraima.
— Michel Temer (@MichelTemer) 7 de dezembro de 2018
A decisão aconteceu horas após uma audiência entre a União e o governo de Roraima terminar sem solução. O estado insiste desde em abril em fechar a fronteira com a Venezuela, mas tanto o Supremo Tribunal Federal (STF) quando Temer se negaram a aceitar o pedido.
Antes de Roraima, o governo Temer decretou uma intervenção federal na área de segurança pública no estado do Rio de Janeiro, em fevereiro deste ano, com a intenção de combater a violência presente no dia a dia da população e dos turistas. Ela também terá fim em 31 de dezembro.