Discursando durante um briefing neste sábado (8), o primeiro vice-chefe do Departamento da Guarda Costeira do Serviço Fronteiriço da FSB, vice-almirante Aleksei Volsky, lembrou várias ações provocadoras que a parte ucraniana realizou durante 2018.
"O acontecimento mostrou a existência no território da República da Crimeia e no mar de Azov de ameaças reais à segurança dos cidadãos russos e à segurança e liberdade de navegação por parte das autoridades oficiais ucranianas", comentou o militar.
Volsky comentou também que navios ucranianos têm ameaçado desde agosto de forma provocadora usar suas armas contra navios russos se estes se aproximassem deles a menos de 3,5 quilômetros.
"Durante a escolta, [os navios ucranianos] ameaçaram por várias vezes usar suas armas contra navios russos da Guarda Fronteiriça, colocando demonstrativamente em prontidão de combate os sistemas de artilharia", disse Volsky.
Para a FSB, as numerosas provocações ucranianas tinham como objetivo prejudicar a construção e início de exploração da Ponte da Crimeia.
"Não há dúvidas que a as ações provocatórias tinham como objetivo principal minar a construção e início da exploração da ponte através do estreito de Kerch. Como se sabe, houve declarações de diversos funcionários ucranianos em diferentes níveis sobre a necessidade de destruir a Ponte da Crimeia", afirmou Volsky neste sábado em um briefing.
Incidente no estreito de Kerch
A FSB abordou também o incidente no estreito de Kerch. Em 25 de novembro três navios ucranianos, Berdyansk, Nikopol e Yany Kapu, entraram em águas territoriais russas temporariamente fechadas e violaram a fronteira da Rússia ao se dirigirem do mar Negro ao mar de Azov através do estreito de Kerch. As embarcações realizaram manobras perigosas sem reagir aos avisos da Guarda Costeira russa e posteriormente foram detidas.
Além disso, Volsky contou que as buscas nos navios detidos mostraram que seus sistemas de artilharia estavam carregados e em prontidão de combate.
Ainda por cima, a quantidade de armas e munições encontradas nas embarcações no âmbito da investigação superava as quantidades pré-estabelecidas, detalhou Volsky.