López Obrador acusou os juízes de cuidar de suas próprias carteiras e de não entender a "nova realidade" que seu governo representa.
"Eles próprios decidem que vão continuar recebendo salários exagerados e estratosféricos — salários de até 600 mil pesos (US$ 29 mil) por mês — aqueles que concedem justiça", reclamou o mandatário mexicano neste sábado (8), antes de repetir um de seus mantras favoritos: "Não pode haver um governo rico com um povo pobre."
O congelamento coloca em xeque os planos orçamentários do governo para 2019, que devem ser apresentados em 15 de dezembro.
No entanto, senadores da oposição entraram com uma ação contra a decisão, alegando que ela violava os direitos dos funcionários públicos.
A Suprema Corte acatou, mas a medida é liminar até que uma decisão definitiva seja tomada.
A disputa deve alimentar tensões entre o Congresso e a Suprema Corte, que alguns defensores da lei acusam de ter interesse em proteger os salários de seus membros.
López Obrador foi eleito com votação expressiva e tem maioria no Congresso e no Senado — algo inédito no México desde 1997.