Democratas: Trump pode enfrentar impeachment e prisão

O futuro presidente do Comitê Judiciário da Câmara, Jerry Nadler, usou depoimentos e documentos entregues pelo ex-advogado de Trump, Michael Cohen, para acusar o republicado de participação de "uma fraude maciça".

Comentando supostos pagamentos ilegais feitos por Cohen, Nadler disse que "se eles [os pagamentos] são importantes o suficiente para justificar um impeachment é uma questão diferente, mas certamente seriam crimes passíveis de impeachment porque apesar de terem sido cometidos antes do presidente se tornar presidente, eles foram cometidos em função da obtenção fraudulenta do mandato".

Adam Schiff, o novo presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, por sua vez, afirmou que há "uma perspectiva muito real de que no dia em que Donald Trump deixar o cargo, o Departamento de Justiça poderá indiciá-lo". Schiff não descartou que Trump possa se tornar "o primeiro presidente em algum tempo a enfrentar a perspectiva real de prisão".

"A maior pergunta sobre o perdão pode acontecer quando o próximo presidente precisar determinar se perdoa Donald Trump", observou Schiff.

Os comentários foram feitos depois de Trump negar as acusações do promotor de que o ex-advogado Cohen agiu a pedido de Trump ao fazer pagamentos para silenciar duas mulheres, incluindo a ex-atriz pornô Stormy Daniels que afirmou ter tido relações sexuais com Trump antes da campanha eleitoral em 2016. 

Em uma pesquisa do Washington Post-ABC News divulgada no final de agosto, uma pequena maioria dos eleitores — 49% contra 46% — disse querer que o Congresso dos EUA inicie um processo de impeachment pela remoção de Trump do cargo. A pesquisa foi precedida por levantamentos semelhantes, com resultados ligeiramente favoráveis à abertura de um processo de impeachment. Andar ou não com a ideia depende do próprio partido do presidente, já que o impeachment precisa ser conduzido pelo Senado, atualmente controlado pelos Republicanos.