Em uma entrevista ao Daily Star, o almirante destacou o perigo da situação criada entre Moscou e Kiev, em que o presidente ucraniano pede ajuda a membros da OTAN, alertando que navios da aliança poderiam ser posicionados no mar Negro.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o cientista político Anton Bredikhin, diretor científico do Centro de Estudos Étnicos e Internacionais, comentou esta declaração.
"O próprio Reino Unido fez tudo para causar a 1ª e a 2ª Guerras Mundiais. Ao mesmo tempo, é difícil dizer que a situação atual é semelhante àquele período, é uma opinião pessoal […] o ex-comandante da Marinha Real da Grã-Bretanha não declarou guerra à Rússia. O formato de confronto híbrido continuará, as relações serão muito tensas, os escândalos continuarão, como no 'caso Skripal'", disse Bredikhin.
Na opinião do analista, "a Grã-Bretanha pode se tornar cúmplice de outras provocações da Ucrânia no mar de Azov e mar Negro", mas ao mesmo tempo, não se espera um conflito direto entre Rússia e Ocidente.
Em 25 de novembro, três navios da Marinha ucraniana foram detidos junto com 24 tripulantes por violarem a fronteira da Rússia. Após o ocorrido, o parlamento ucraniano aprovou a introdução da lei marcial em algumas regiões do país por 30 dias. O presidente russo, Vladimir Putin, classificou o incidente no estreito de Kerch de provocação, usada como pretexto para aplicar a lei e, dessa forma, adiar as eleições presidenciais ucranianas.