Por que Rússia precisa de base na Lua?

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A construção de uma base russa na Lua, único satélite natural da Terra, agora perece utópica, mas é necessária para reunir naves espaciais pesadas que voarão para Marte, comunicou à Sputnik o chefe do Instituto de Geoquímica e Química Analítica da Academia de Ciências da Rússia, Yuri Kostitsin.

Anteriormente, surgiram notícias de que a Rússia planeja instalar na Lua uma base completa entre 2036 e 2040.

A base deverá conter módulos capazes de proteger cosmonautas da radiação e de disponibilizar todo o necessário para vida, centros de monitoramento espacial da Terra, instalações de abastecimento energético e de comunicação, postos para reciclagem e para utilização de substâncias lunares e recursos naturais e postos para desenvolvimento de novos equipamentos e tecnologias espaciais. Um observatório astronômico deverá rodear a base.

"Agora, apesar do prazo concreto do programa espacial federal sobre a construção de base na Lua, esta questão parece mais do que utópica. Mas uma base na Lua em caso de colonização bem-sucedida é necessária para nós. Seria possível reunir espaçonaves pesadas para voos a Marte e a estações orbitais, sendo mais real realizar reunião na Lua por causa da menor gravidade em comparação com a gravidade da Terra", comentou Kostitsin.

Imagem da Lua no céu - Sputnik Brasil
Rússia terá base permanente na Lua, revela chefe da Roscosmos
Ele assinalou que as rochas lunares são como as da Terra, ou seja, há material para construção de uma base. O basalto lunar, em comparação com o terrestre, contém mais alumínio e titânio necessários para construção.

"Para que uma base seja construída na Lua, primeiro é necessário estabelecer vida e resolver a questão de proteção dos cosmonautas contra radiação. Para isso é preciso construir abrigos com material lunar, mantendo atmosfera dentro deles. É difícil transportar oxigênio da Terra, por isso água na Lua representa um interesse primordial. Precisamos entender quanta água há, quão acessível é e como liberar oxigênio dela", explicou Kostitsin.

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