Membros da equipe da missão, liderada pela Universidade do Arizona (EUA), apresentaram a descoberta na reunião anual da União Geofísica Americana (AGU), em Washington, no dia 10 de dezembro.
Os dados obtidos pelos espectrômetros da sonda revelam a presença de moléculas que contêm oxigênio e átomos de hidrogênio ligados entre si, mais especificamente conhecidos como hidroxilos.
A equipe sugere que os hidroxilos estão contidos nos minerais argilosos de Bennu que contêm água, significando que o material rochoso desse asteroide interagiu com a água em algum momento. Apesar de Bennu ser muito pequeno para conter água em estado líquido, a descoberta indica que, no passado, havia água líquida em seu "corpo-pai" – um asteroide muito maior, do qual Bennu se desprendeu.
"Quando amostras desse material voltarem da missão à Terra em 2023, os cientistas receberão um tesouro de novas informações sobre a história e a evolução do nosso Sistema Solar", destacou Amy Simon, cientista planetária do Centro de Voos Espaciais Goddard (GSFC) da NASA.
O material da superfície de Bennu é uma mistura de regiões muito rochosas e outras regiões relativamente lisas, sem a presença de pedregulhos. No entanto, a quantidade de pedras na superfície é maior do que o esperado. A equipe fará observações adicionais para avaliar o lugar mais preciso em Bennu onde a coleta de uma amostra pode ser efetuada para depois ser devolvida à Terra.