Em março de 2007, Battisti foi detido no Rio de Janeiro durante uma operação conjunta da Interpol com as polícias do Brasil, Itália e França, país onde viveu até o início da década de 2000. No ano seguinte, teve um pedido de refúgio negado pelo Comitê Nacional para os Refugiados (CONARE), mas, após recorrer ao Ministério da Justiça, acabou sendo reconhecido como refugiado político. Em 2010, o STF julgou procedente um pedido de extradição feito pelo governo italiano, mas o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva acabou negando a extradição.
Ainda de acordo com o ministro, a Interpol também pediu a prisão de Battisti por conta de crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro, referentes a um episódio ocorrido em Corumbá (MS) no final do ano passado, quando o italiano teria sido flagrado tentando cruzar a fronteira para a Bolívia com US$ 6 mil e 1,3 mil euros não declarados.
— Agenzia ANSA (@Agenzia_Ansa) 14 de dezembro de 2018
A decisão de extraditar ou não Battisti ficará a cargo do atual chefe de Estado, Michel Temer, ou do próximo presidente brasileiro, Jair Bolsonaro. Mas a defesa do italiano ainda pode recorrer ao próprio STF.