"Washington deve levar em consideração que, se os EUA abandonarem o Tratado INF, esse acordo deixará de estar em vigor e toda a responsabilidade pela destruição de um dos pilares de estabilidade estratégica será dos EUA", destacou.
Ao mesmo tempo, o diplomata indicou que os Estados Unidos elaboraram planos de sair do acordo em questão ainda no início dos anos 2000, imediatamente depois de Washington ter abandonado o Tratado sobre Mísseis Antibalísticos (ABM, na sigla em inglês).
"Nas últimas duas décadas, tentamos persuadi-los a não o fazer. Quando se acumularam bastantes violações sérias por parte dos norte-americanos, incompatíveis com o tratado, estes decidiram não assumir a responsabilidade pela destruição do INF, mas lançá-la sobre a Rússia", explicou.
Recentemente, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, disse que os Estados Unidos suspenderiam a sua adesão ao Tratado INF em 60 dias, a menos que a Rússia retornasse ao cumprimento total do acordo. A Rússia negou repetidamente que tenha violado o tratado.
O Tratado INF foi assinado em 1987 entre a União Soviética e os Estados Unidos. O acordo obriga as partes a destruir seus mísseis balísticos e de cruzeiro lançados do solo, com um alcance entre 500 e 5.500 quilômetros.