"Todas as essas ações, esses ataques que se realizam no mundo da parte das potências norte-americana e europeias, não têm qualquer fundamento jurídico ou legitimidade. São crimes de guerra", cita as palavras de Ortega a agência AVN.
"Apesar da maioria esmagadora, quando 98% dos países da ONU votaram por parar o bloqueio de Cuba, a potência norte-americana não cumpre isso", disse Ortega.
A Nicarágua se encontra há sete meses em profunda crise política, que teve início com intensos protestos contra o governo do presidente Daniel Ortega, com exigências inclusive de saída do chefe de Estado do cargo. Ao longo dos últimos meses, centenas de pessoas morreram em decorrência de confrontos com as forças de segurança, enquanto muitas outras acabaram atrás das grades.
Como resultado, a Nicarágua enfrentou duras críticas da parte dos EUA e da UE. Os EUA decidiram impor sanções contra o vice-presidente e a primeira-dama nicaraguense Rosario Murillo, bem como contra o conselheiro de Segurança Nacional Nestor Moncada por suposta corrupção e abusos de direitos humanos. Posteriormente, instaram a comunidade internacional a se juntar às restrições, impondo tarifas adicionais.