Chanceler iraniano: Washington e Riad são responsáveis pela instabilidade no Oriente Médio

© AP Photo / Abdulnasser AlseddikFoto de arquivo de fumaça sobe do castelo de al-Qahira após um ataque aéreo liderado pela Arábia Saudita na cidade de Taiz, Iêmen.
Foto de arquivo de fumaça sobe do castelo de al-Qahira após um ataque aéreo liderado pela Arábia Saudita na cidade de Taiz, Iêmen. - Sputnik Brasil
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O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, negou as acusações de que Teerã é patrocinador do terrorismo na região, dizendo que as ações da Arábia Saudita e dos EUA levaram a “escaladas perigosas” no Oriente Médio.

Em uma entrevista ao canal CNBC durante o Fórum de Doha, no Qatar, o chanceler iraniano rejeitou as acusações de que o Irã é responsável pela instabilidade na região.

"Eu penso que as ações falam mais alto que as palavras; o que está acontecendo em nossa região, agora as pessoas estão testemunhando a fonte de instabilidade na região, seja no Iêmen, seja em qualquer outro lugar", afirmou o ministro.

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Zarif sublinhou que a instabilidade na região foi causada por "políticas erradas que estão sendo seguidas, não apenas pela Arábia Saudita, mas por seus aliados no Ocidente, que lhe deram um cheque em branco para continuarem fazendo essas escaladas muito perigosas".

O ministro se referiu à guerra civil de quatro anos no Iêmen, que a ONU considerou como a "pior crise humanitária do mundo". A Arábia Saudita culpou os rebeldes houthis iemenitas pela crise, acusando-os de receberem apoio de Teerã, enquanto o Irã acusou a Arábia Saudita de liderar a campanha de bombardeamentos que levou a milhares de mortes.

Zarif reiterou que o Irã nunca forneceu armas aos houthis e sublinhou que a Arábia Saudita está interessada em aumentar as tensões na região, lembrando os exemplos do bloqueio do Qatar e a operação militar no Iêmen como provas disso.

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O chanceler iraniano criticou também as ações dos EUA, referindo que foi o governo do atual presidente dos EUA Donald Trump que "violou o acordo nuclear".

"Não importa se foi esta administração que o negociou [o acordo nuclear] ou se foi a administração anterior. Foi o governo dos EUA que o negociou, eles [os EUA] o violaram e não podem nos acusar disso", acrescentou Zarif.

Em maio passado, Donald Trump anunciou a retirada de seu país do acordo nuclear com o Irã, formalmente conhecido como Plano Conjunto de Ação Integral (JCPOA). Washington também ordenou que as sanções contra Teerã fossem restabelecidas "ao máximo".

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