"A decisão inesperada do presidente Trump de retirar as tropas norte-americanas da Síria levanta algumas questões e gera incerteza. Por um lado, a completa derrota do terrorismo jihadista na Síria está longe de ser um fato consumado e, portanto, há sérias dúvidas sobre como a coalizão contra o EI continuará a operar. Por outro lado, a nova situação pode complicar o processo que a ONU está tentando colocar em ação. Além disso, há dúvidas sobre [possíveis] mudanças na presença da Rússia e do Irã no país — com consequentes consequências geoestratégicas", twittou Borrell.
De acordo com Borrell, a renúncia do secretário de Defesa dos EUA, James Mattis, também "cria uma lacuna significativa" na estratégia futura dos EUA.
A declaração vem logo após a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, anunciar na quarta-feira (19) que os Estados Unidos começaram a retirada de suas forças da Síria. Ela observou que a retirada das tropas não significou o fim da luta da coalizão internacional liderada pelos EUA contra o Daesh.
A declaração seguiu a observação do presidente Donald Trump sobre a derrota do Daesh na Síria. Trump acrescentou neste sábado (22) que "os países locais", incluindo a Turquia, devem ser capazes de lidar facilmente com os membros remanescentes do Daesh na Síria após a retirada dos EUA.