Segundo escreve Robert Farley, professor do Colégio Militar dos EUA, em seu artigo na revista The National Interest, um dos "pontos quentes" é o mar do Sul da China, no qual se desenvolve um confronto entre os Estados Unidos e a China. Os dois países estão envolvidos em uma guerra comercial entre si, a luta está ocorrendo no quadro de sanções econômicas e disputas tarifárias, mas, levando em consideração o nível a que as relações bilaterais já se deterioraram, o conflito pode se escalar ainda mais, acredita o autor.
A terceira região "quente", segundo o professor, é o golfo Pérsico. Aqui, as tensões estão aumentando devido à pressão econômica dos EUA sobre o Irã, bem como aos conflitos no Iêmen e na Síria. Considerando a importância estratégica da região, qualquer instabilidade nesta zona pode levar a um confronto aberto entre os Estados Unidos, a Rússia e até a China, continua o autor.
O agravamento das relações entre os Estados Unidos e a China "prenuncia desgraça" no futuro e, com o tempo, podem surgir "pontos quentes" em outras regiões, escreve o autor. Ao mesmo tempo, a crise da hegemonia militar dos EUA e da ordem mundial estabelecida indicam que o futuro próximo provavelmente se tornará mais perigoso do que o passado recente, conclui Farley.