No entanto, a Alemanha deve decidir por si própria com quem deseja fazer negócios.
"Eles [os EUA] fazem isso não por amor à Ucrânia, mas porque eles próprios querem enviar gás para a Alemanha. O gás liquefeito [GNL] é mais caro e tem menor qualidade do que o fornecido por gasoduto", disse o político social-democrata em uma entrevista para o jornal Welt am Sonntag.
"O Irã, a China, a Rússia — se continuarmos assim, em breve não poderemos ter relações econômicas com ninguém", disse ele.
"Para um país dependente da exportação como o Alemanha, isso é inaceitável. Apesar de todo o nosso respeito e amizade, temos que dizer isso aos americanos", acrescentou ele.
Ele sublinhou que não é um político anti-EUA, mas durante seu tempo como chanceler, sua política externa visava assegurar uma certa independência dos Estados Unidos.
A Ucrânia, por onde passa um dos principais gasodutos internacionais da Rússia para a Europa, e que se beneficia significativamente das taxas de trânsito de gás, se opôs repetidamente à construção do Nord Stream 2, dizendo que isso ameaçará sua segurança energética.