"Estamos dispostos a ajudar Jacarta na criação de um sistema de alerta de desastres", escreveu Rogozin em seu Twitter, acrescentando que o embaixador indonésio na Rússia foi convidado a conhecer as "capacidades do sistema orbital russo de detecção remota da Terra".
O geofísico Aleksandr Zhigalin, em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, observou que esse sistema seria essencial na região e comentou a proposta da ajuda russa.
"A Rússia pode ajudar a instalar um sistema de rastreamento como o que temos em Kamchatka. Os norte-americanos e japoneses também têm esses sistemas. Infelizmente, a Indonésia não possui esse sistema de alerta, apesar de terremotos e tsunamis frequentes. O último tsunami foi catastrófico e, antes disso, houve um tsunami extremamente devastador em 2004", disse.
Zhigalin destacou que as severas consequências dos desastres naturais nessa região são causadas por uma série de fatores.
"Aquela região é muito perigosa, pois tem uma elevada densidade populacional nas áreas costeiras, por isso, qualquer grande tsunami resulta em perdas humanas. Ao mesmo tempo, é uma região que permanece em uma placa tectônica ativa", observou.
Segundo o geofísico, as ilhas da Sonda e todos os países insulares do Pacífico se encontram em uma área de elevada atividade sísmica e vulcânica.
No sábado (22), um forte tsunami atingiu a costa do estreito de Sunda, no oeste da Indonésia. O cataclismo destruiu centenas de edifícios e o número de vítimas superou mais de 200 pessoas.
Segundo as autoridades, o tsunami poderia ter sido causado por um deslizamento submerso de terra causado pela atividade vulcânica do Anak Krakatou em combinação com uma onda altíssima. A Indonésia ainda não possui um sistema de alerta de tsunamis causados por deslizamentos subaquáticos ou vulcões submersos.