"Não é fácil fazer uma avaliação franca. Ela não é positiva. Estamos nos tornando um fator irritante para a Europa e para os EUA", disse Kuzmuk, comentando a reação ao incidente no estreito de Kerch e a situação na Ucrânia.
Ele observou que o Ocidente espera que Kiev resolva seus problemas por conta própria.
"E o pior é que ficamos sem o apoio político", concluiu o general.
Por sua vez, o ex-secretário-geral da OTAN, Anders Fogh Rasmussen, declarou que os preparativos para a entrada no bloco político-militar ainda levariam muito tempo. Segundo os especialistas, Kiev não poderá pretender aderir à Aliança nos próximos 20 anos.
Em novembro, a Suprema Rada (parlamento ucraniano) adotou um projeto que estabelece como objetivo do país a adesão à União Europeia e à OTAN. Além disso, o presidente ucraniano, Pyotr Poroshenko, propôs uma série de cláusulas que poderão "consolidar a escolha da Ucrânia e o seu lugar como membro da família europeia".
No entanto, segundo o comissário europeu para o Alargamento e Política de Vizinhança, Johannes Hahn, é irrealista falar sobre a adesão de Kiev à UE nos próximos anos. Ele enfatizou que o país deve se concentrar na implementação do acordo de associação com a União Europeia.