Em dezembro, dois bombardeiros estratégicos Tu-160, um avião de transporte militar An-124 e uma aeronave Il-62 da Força Aeroespacial da Rússia pousaram no aeroporto internacional nos arredores de Caracas.
Foram realizados voos conjuntos com a Força Aérea venezuelana e depois voltaram à base permanente na Rússia.
"Durante a cooperação russo-venezuelana nesta direção, sem dúvida, não excluímos tais eventos no futuro de acordo com todas as normas internacionais como antes", declarou à Sputnik Zaemsky.
Segundo ele, o "alvoroço" por causa dos aviões russos Tu-160, foi causado, especialmente, entre os opositores ao governo venezuelano tanto na região como nos EUA.
O embaixador ressaltou que quaisquer preocupações quanto aos voos conjuntos foram inapropriadas devido ao "caráter aberto desse evento e não houve nada de extraordinário nisso, considerando que os aviões russos análogos já voaram a este país, como, por exemplo, em 2008 e 2013".
Ele relembrou as palavras do ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino López, que declarou que "ninguém na região latino-americana e caribenha deve se preocupar com equipamentos militares russos", porque a Venezuela visa "paz em vez de guerra, mas está pronta a repelir qualquer possível agressão exterior".
O embaixador acrescentou que, além do secretário de Estados dos EUA, Mike Pompeo, a preocupação em relação aos voos foi expressa também por Luis Almagro, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, que declarou haver possivelmente armas nucleares nos aviões russos que chegaram à Venezuela.
No entanto, como observou o embaixador, essas declarações nunca foram levadas a sério.
"A Agência Para a Proibição de Armas Nucleares na América Latina oficialmente questionou a autenticidade dessa informação, indicando que não há informações sobre a violação do Tratado de Tlatelolco sobre a zona não nuclear regional", concluiu.